quinta-feira, dezembro 08, 2005

A Insustentável Leveza do Ser

São coisas como essa que me fazem refletir sobre a vida. Pena que eu não consigo chegar a nenhuma conclusão.

Isso já faz umas duas semanas.
Quinta-feira, oito da matina: por algum motivo acordei com uma vontade de me alimentar bem. Pensei comigo: já vou começar cedo pra mudar meu hábitos alimentares, comer coisas mais nutritivas e todo aquele discursinho "Mais Você". Respirei fundo, sorri para a vida e abri a geladeira. Peguei um rabanete. Eu curto um rabanete cru, sem tempero, sem nada. Depois tomei um chá e fui pro "trabalho". Eu devo ter comido mais alguma coisa que eu não me lembro, mas nada que não seria meio "natural". No trampo, que sempre tem umas bobagenzinhas, tipos umas balinhas, biscoitinhos e uns chafezinhos lotados de um açúcar, que eu tenho certeza que não veio da cana – mas essa história eu deixo pra um outro dia – , resolvi comer só um inocente bolinho caseiro.
E assim eu fui levando o dia. Almocei comida-comida, coisa sem sem cafeína – faz mal né? – sem açúcar de graça, se conservantes e algumas frutas. Tudo isso com o intuito da boa alimentação e de uma vida mais saudável. A última coisa que eu lembro que eu comi foi, no intervalo da facul, a minha opção por um caldo de cana (o açúcar bom) e um sanduíche natural, ao invés daquelas frituras ou pães recheados de coisas doces. Me senti orgulhoso.
Após o término da minha aula e de um dia alimentavelmente saudável, ESTAVA indo embora, quando no meio da facul encontro um amigo que não via há tempos. "Que saudade". Um amigo muito querido, estudava comigo, a gente tinha uma banda, era muito legal...gente finíssima.
Vamos tomar uma cerveja antes de eu pegar o ônibus, ele perguntou. Foi aí que eu apliquei a famosa (e perigosa) regra da exceção. Tá bom vai, só porque faz tempo que eu não vejo o cara, pensei eu.
Sexta-feira, meio-dia: acordo com uma rebordosa de cerveja e conhaque de boteco, escuto ao longe minha mãe me chamando de irresponsável (por ter faltado no trabalho) e um leve sentimento de culpa pela grana que eu gastei na baladinha perto da Paulista que rolou até às 5h.

moral da história: ainda bem que o meu pai tá muito ocupado trabalhando ra saber o que eu ando fazendo.