quinta-feira, janeiro 04, 2007

teses infundadas para momentos em família

eu tenho a impressão de que no futuro se classificarem nossa geração de burra, sairemos no mínimo, no lucro. burra ou, com educação, o eufemismo de historicidas. isso porque parece que esquecemos ou negligenciamos todo desenvolvimentos científico no campo social-humano-filosófico-artístico. dá impressão que ninguém leva em consideração o que freud falou sobre o inconsciente, o que os arquitetos buscaram com o modernismo, o que duchamp dizia sobre a arte, e, principalmente, que essa história de trabalhar oito horas por dia é coisa de proletário de cem anos atrás.
enfim, sugiro então, que tentemos nos salvar historicamente, condicionando e viabilizando nossas pulsões sexuais, derrubando paredes e ornamentos desnecessários, matando de vez a natureza-morta (de um modo conceituado) e claro, trabalhando o mínimo possível.
esses são meus votos para dois mil e sete.

antes que eu me esqueça

ignorância é boa quando plena; o duro são aqueles flashs intelectuais que te fazem perceber que existem alguns que sabem menos ainda, e sabe-se lá como, mandam mais na sociedade.
(qualquer identificação com teu patrão, prefeito ou teu vizinho que ganha muito mais que você não é mera coincidência).

ano-novo

antes eu achava que ano-novo servia só pra te constranger com familiares distantes ou pra justificar ficar bêbado na frente da tua vó. mas agora percebo, que além disso, a função social do ano-novo é revitalizar as crenças do indivíduo na sociedade. se o ano não acabasse uma hora, o tempo pareceria incrivelmente monótono (aumentando nossa angústia existencial e consequentemente provocando homicídios em massa) ou infinito (aumentando nossa megalomania de seres imortais e complexo de tirano e consequentemente provocando homicídios em massa). mas como uma hora o ano acaba e em seguida ele começa de novo (o tempo é o funcionário-modelo) sempre que um ano começa temos um motivo de achar que 'agora sim a coisa vai': o regime, o namoro, o time e até o trabalho.
serve também como desencargo de consciência: o que foi feito foi, ficou lá atrás no ano que passou. ou seja, se fiquei em dívida com alguém, um abraço! foi o meu alter-ego-2006 que fez a dívida, não é problema meu. ano-novo-vida-nova.
(uma tese um tanto esquizofrênica)

Um comentário:

Anônimo disse...

eu ainda leio aqui, vez em nunca mas leio. rs

esse lance das 8 hrs/dia tem me tirado o sono, e me tirado a vontade de correr atrás de um trampo também, hahaha

velho, um abração! estou de volta no orkut, com mais cabelo e mais fotos esdruxulas. dá uma olhada nos scraps do dú, to por lá.