terça-feira, outubro 24, 2006

eu já comentei aqui, que a idéia desse blog (ai que vergonha!) era pra colocar minhas teses e não pra fuxicar sobre beber cerveja, resmungar do trabalho e aprontar no samba? (se bem que eu poupo bastante vocês).
pois é... quando menos eu leio, menos eu penso e menos teses eu faço. e quanto mais eu trabalho, menos eu leio. logo: .

enfim. primeiramente, meus sinceros cumprimentos ao Freud que é muito mais subversivo que MArx. E vejam que este é um comentário de um leitor que nunca leu nenhuma obra inteira de nehum dos dois! hahahahahaha.... só li o Manifesto do Partido Comunista, mas nem achei graça. Já disse que entre os comunistinhas meu predileto é Lafargue, pela sua condição trabalhista pós-moderna; e Sartre, que eu tenho certeza que por algum motivo, quando eu lê-lo, vou gostar dele.
pois bem. Muito do que disse MArx faz bastante sentido até hoje. ok, mérito do homi. agora, Freud, chutou o pau e incendiou a barraca. enquanto você se olha no espelho e tentar se identificar conforme sua classe, muitas angústias surgirão e pouco você conseguirá entender. agora, se freudianamente você se compreender como um neurótico, como condição ontológica do ser, tudo faz muito mais sentido. aceite sua neurose, permita teus pensamentos insuportáveis, reconheça sua fragilidade no teu equilíbrio psico-emocional. procure um psicólogo, em outras palavras.

outro dia eu conheci uma pessoa bem interessante. você até pode dizer: "que bom! uma pessoa interessante, no meio desse mar de marasmo, no festival do senso comum".
não, não é nada interessante, conhecer alguém interessante. simplesmente porque eu me senti um completo desinteressante do seu lado.
meu monólogo:
- ah, que legal você faz isso? não, nunca fiz...
- sério? e você não ficou com medo... nossa...
- não acredito... sempre quis conhecer ele... como é que ele é?
- um dia vou fazer isso também... só estou esperando a hora certa...

pois é. tem gente incrível, que nasce com uma capacidade perspicaz de compreender o modo como a sociedade se organiza, e como há as ideologias de classe submetem as outras. tem outros, que com o mesmo talento, identificam um caráter neurótico, como pressuposto natural (isso sem falar do inconsciente, que já é demais pra minha cabecinha).

daí no campo do seres humanos 'normais' sobram aqueles, que, sabe-se lá como, desenvolveram, geralmente desde a infância, uma série de atividades legais, extremamente legais, que os tornam hoje super interessantes: pró-ativos, multi-culturais, habilidosos e talentosos na produção de alguma coisa.
por outro lado, vem caras como eu, puxando o bonde da simpricidade, do é que é feito de "coração", e bem, depois de duas horas de conversas num bar, percebe que acabaram suas histórias interessantes, sendo que metade delas são sobre seus amigos, e a outra metade (as suas) tem um leve exagero nas emoções.

ok. não sintam pena de mim. tem dois engradados de Itaipava na geladeira. sintam pena da feinha que eu vou enganar...
hahahahahahahahahahhahahahah

:(
eu sou sem graça.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse último parágrafo tem um "quê" de verdade - foi o que senti. Leve isso para terapia e vamos... tapeando feinhas e o nosso ego.

E não, você não é sem graça.

Um brinde!