domingo, abril 15, 2007

eu, Romário e dois vaidosos...

bola, chute, arquibancada. bola chute, arquibancada. bola, chute, sistema de eletrecidade do ginásio.
nove em cada dez chutes meus fazem o goleiro bocejar. a metáfora, coerente, alerta pra dada situação de desacordos, desarranjos e desajustes pessoais em geral, que culminam num mês antes do seu próprio aniversário. desnecessário e inexplicável, senhoras e senhores, nosso amigo inferno astral.

inferno astral?

sempre achei o PAulo Coelho, o alquimista que tranforma auto-ajuda em ouro, lero-lero pra recém-divorciada (nesse caso o homem bebe). "escute sua voz que vem do seu interior, mas sem desrespeitar o sotaque". me poupe.
nunca fui muito católico e nunca compreendi bem a diferença entre astronomia e astrologia. daí dá pra concluir que não faz sentido pra mim essa história de inferno astral. bom, até acontecer comigo... você percebe que está perdendo o controle e a autonomia sobre sua própria vida e destino quando começa a ler a coluna do Quiroga no Estadão.

insatisfeito com a atual situação, e com as complexas metáforas na análise de Touro, resolvi pular uma casa e só ler o de Gêmeos, que eu me idenfico bem mais.
aí sim fica interessante ler o zodíaco: quando é um serviço self-service. você vê, dá uma lida, e "pega" o signo que você achar melhor. a vida já é injusta mesmo. a gente não escolhe nosso nome, nossa altura e principalmente, nossos parentes. portanto, nada mais justo que se apropriar de um signo que você ache mais adequado.

isso me lembra a história de um filho de um preso político argentino, que tendo os pais presos e mortos, os militares deixaram o nenê ser criado por uma empregada doméstica. vinte anos depois ele descobriu a verdade, e se arrependeu de ter lido a vida inteira o horóscopo, já que a certidão dele era datada dois meses mais tarde do seu nascimento verdadeiro.

meu quarto ainda não tem incensos e cristais da boa energia, e não faço numerologia pra sair de casa, até porque, passou de quatro dígitos já me complico (por isso não consigo pagar minhas contas).
mas confesso que até o dia de São Jorge, estarei resignado na segurança (psico-física-finaceira) do meu lar.

acho até, se me permitem a presunção, que o Romário ainda não fez o milésimo por culpa minha.
aliás, nessas minhas andanças por essa vida errante, concluí que quanto mais sem-graça é uma pessoa mais vaidosa ela é.

sim, foi uma auto-crítica.

inferno astral...tsc,tsc.
o que vem depois do aniversário? o limbo dos prazeres?
espero muito.

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