Papa - Paparte II

Como o Papa morreu, e eu ainda estou vivo, terei que cumprir a minha promessa da pseudo-crônica passada e tentar explicar por que “vaso ruim não quebra”, em outras palavras, porque seres humanos PEDANTES costumam viver bastante.
Tudo indica que:
1: o tempo é relativo e tudo isso não passa de impressão minha.
2: eu tenho mania de perseguição.
Acho que é isso. Agora que o Papa morreu tenho certeza de que a Guerra Fria acabou. Ouvi dizer que as últimas palavras do Papa foram: “não vou morrer, apenas vou ao inferno me certificar de que o Lênin está lá....uahuahuah” (risada diabólica misturada com gemidos de dor). Então tá, né.
E o titio Fidel, me surpreendeu suspendendo a final do campeonato de Baseball (o esporte mais popular de Cuba, mais popular que o famoso “Circuito Anual de Remo até a Flórida”) em Havana em respeito à morte do Papa. Acho que era medo do constrangimento de algum rebatedor aplicar um HomeRun ( não me corrija, nem me pergunte o que seja, apenas fui uma criança criada num mundo ocidental assistindo a programas norte-americanos) ir até a câmera mais próxima, levantar o uniforme e por baixo vestir uma camiseta escrito: “mi Papa és Fidel. Ei, señor Karol, antes tarde do que nunca!” e fazer um gesto de banana.
O Papa morreu, O Brasil rompeu com o FMI, O João Ubaldo Ribeiro não bebe mais, EU resolvi fazer um blog.... é amigo, as coisas estão mudando. E radicalmente. Confesso que ainda não engoli essa história de blog. Me sinto como se tivesse entrando numa LanHouse, onde todos os nerds de plantão, com suas camisetas pretas do X-Men, intercaladas com camisetas do Arquivo X e da Tomb Raider, contrastando com sua pele amarela-doente-espinhenta-não-tomo-Sol, param de atirar naquele jogo de tiro, viram pra mim, com seus sorrisos metálicos (com elásticos coloridos personalizados) e falam – cuspindo – em uníssono: “venha brincar com a gente, Rafa”. No estilo do “O Iluminado”.
Sei lá... não dormi direito essas noites. Fiquei com medo que o espírito do Papa viesse até o meu quarto me atazanar pelas praguejações que eu fiz contra ele...Ah....tudo bem... ele tinha Mal de Alzheimer, nem devia mais se lembrar...Ufa! Mas também tem essa história de Blog... Poxa, quase 20 anos de “social” jogados na lata do lixo, só pelo capricho de registrar meus pensamentos e peidos infames...opa!...piadas infames...
Dizem que o Papa fez um testamento antes de morrer. Mas a Igreja já nega. Mas é lógico que ela nega! Na minha cabeça está claro: o Papa em seu leito de morte, planejando alucinadamente matar Stalin e acabar com a URSS, teve uma visão. Era Gandhi. E Fred Mercury. O primeiro falou: “larga mão de ser sovina. Dá essa fortuna do Banco do Vaticano (vai dizer que você não sabia que o Vaticano é tão milionário que tem até um banco? Se não sabia, então pode sair das minhas pseudo-crônicas e vai ler Contigo!... e depois me conta)...continuando, “dá essa fortuna para os pobres católicos do terceiro mundo.” O segundo disse: “ Eu leio seus pensamentos. Eu enxergo os seus sonhos. Junte-se ao arco-irís”. Então, depois da visita dos 2 fantasmas do passado, o Papa abriu os olhos, levantou-se do coma (ou da cama, como preferir) e escreveu um testamento do tipo homo-socialista. É claro que os Cardeais-Urubus-de-Plantão acenaram com “afirmativo” ao Papa, esperaram ele morrer (ou mataram ele, sei lá) e jogaram o testamento na privada. Bom, depois de muito tempo chegou o terceiro fantasma. Atrasadíssimo, com uma cara de lesado, encontrou o quarto do Papa vazio; era o Bob Marley, que quando soube que o Papa iria escrever seu testamento, esperava tirar uma casquinha com um subsídio ao baseadinho.
Chega... Vamos deixar os mortos em paz, e falar mal de quem está vivo. Mas isso na próxima pseudo-cada-vez-mais-crônica.
Termino aqui, ao final de todo esse episódio, e tiro duas conclusões:
1- o que eu escrevo não tem a MENOR importância, sendo que os assuntos são repetitivos e tratados de modo pejorativo
2- Turcos não sabem atirar.

Boa noite.