domingo, julho 23, 2006

resposta e mais um conto enquanto uma outra crônica não vem.

ao meus queridos anônimos, respectivas respostas:

1º - sua vó é muita inteligente. Manda um forte abraço pra ela. A 'nona' sabe das coisas. Obrigado por me colocar no time dos bigodes. Com esta fama, provavelmente estaria empregado se eu morasse em San Francisco, CA.

2º - na crônica da semana passada do Ugo Giorgetti e do Luis Fernando Verissimo a Copa ainda era abordada. É que eu faço parte dessa "escola" de cronistas (no meu caso pseudo-), que são muito vinculados com sua cultura nacional, como o futebol, o boi-bum-bá e a sesta depois do almoço. Não consigo me desfazer tão rapidamente desse "envolvimento" emocional que é torcer. Disse que esqueceria o Corinthians, mas não resisti a dar umas espiadas quando o Tevez partia pro contra-ataque neste último jogo. É tipo mulher: a gente finge que esquece, que não quer saber mais, mas sempre damos uma espiadinha pra ver o que está fazendo. Ou não? Ou será que, como aquela mania de se "ver" numa alegoria televisiva, isso só acontece, DE NOVO, comigo? Doido-será-eu?

3º - já estou desempregado e cabeludo. Se eu deixar a barba e o bigode crescer meu pai me expulsa de casa. Ou me acusa de maconheiro e me interna naquele hospício do "Bicho de Sete Cabeças".

respondido.

Agora, um conto.

Da série Um Elefante Incomoda Muita Gente, o Meu Pai Incomoda Muito Mais:

De como meu pai enganou Freud

Eu não sei exatamente em que momento se deu, mas no ato de 'criar' meus irmãos (me inclua fora dessa, ok?), meu pai, um matuto no quesito psicologia, psquiatria e piscicultura (ele entende de hortaliças mas nada de peixes) conseguiu dar um chapéu naquela -- sim, promíscua! -- tese de Freud onde os meninos, no fundo, querem matar o pai pra nos apoderarmos da nossa -- que mente doentia! -- própria mãe. Eu por exemplo, no fundo, só quero descolar uma namorada estilo a Richthofen, porque tudo que eu mandar ela vai fazer! É um modo de sabotar a nossa pós-modernidade-anti-patriarcal. Maquiavélica, porém obediente. Um casamento harmônico, sem problemas com a sogra...
Voltando. Mesmo sem saber patavinas de ID, Ego e Superego (provavelmente um super-herói que eu tenha pedido de Natal) ele conseguiu inverter a história do Édipo pro lado masculino. É o "Anti-Complexo-de-Édipo" ou o "Descomplexo-de Édipo" se preferir.
Durante a angustiante e confusa adolescência e as conturbadas sensações e mudanças fisiológicas-psicologócias, os naturais conflitos familiares não levaram à uma ira dos meninos em se rebelar contra autoriade paterna, inconscientemente objetivando a mãe, mas o contrário: uma busca pela afetividade paterna e um reconhecimento de valor ( o alicerce da auto-estima e auto-confiança) foi propulsora para uma agressão gratuita, quase que uma desforra, para cima da mãe. A idéia é acabar com a mãe pra poder ficar com o pai!
Sorte que Freud já não está mais vivo pra presenciar um complexo de Édipo mais nojento e doentio, agora pederasta, provavelmente influenciado pela TV e o Cinema, na carona de "Will & Grace's" e "Brockback Mountain's" da vida.
Se em geral os psicanalistas recomendam que nesta fase da vida os pais devem deixar os filhos extravasar sua sexualidade fora de casa, e definitivamente não matar o próprio pai e muito menos -- cruz credo -- fazer qualquer coisa libidinosa com a mãe, neste caso domiciliar, a coisa não se dá da mesma forma. Se a busca por afeto paterno resolver fora de casa, se transoformará numa busca de um afeto masculino qualquer, e provavelmente numa relação e quem sabe, se o cara for um bom partido, num envolvimento mais sério.
Ou seja, parte1: se ficar o bicho pega, se correr o bicho come. Em casa, o "Anti-Complexo-de-Édipo" mal resolvido pode levar ao matricínio, o que desestruturaria a casa, econômica-emocionalmente, e viveriam de pedir pizza e comida enlatada no jantar.
Ou seja, parte 2: se for buscar fora de casa o que não consegue dentro, o filho, não será mais filho, mas quem sabe uma adulta, travestida de colares da 25 de março, tamancos e outros apetrechos coloridos que pessoas do sexo feminino tem um incrível apreço em obersvar, selecionar, comprar e ornar seus corpos.
Ou seja, parte 3: o título "De como meu pai enganou Freud" poderia facilmente ser trocado por "De como meu pai meu deu mais duas irmãs depois dos 15 anos".
uAHuahUAHUAHuAHUAHuHAuHAUhUAHUAhuAHuAHuAHa


2 comentários:

Anônimo disse...

seus irmãos lêem seu blog?

Rafael disse...

o único que lê mora mais de 1.500 km de distância daqui. e não é violtento.