terça-feira, setembro 05, 2006

sorte que minha auto-estima não depende dos comentários que me deixam, mas sim da quantidade de cerveja que tomo no fim-de-semana. é impressionante como é proporcional.
enfim, na verdade minha pseudo-ausência (já que mantenho uma regularidade nunca dantes mantida) se dá porque a única idéia que tenho pra escrever é sobre o meu simpaticíssimo patrão, sobre o real significado do trabalho na sociedade, sobre a nova classe de peão que se emancipou do canteiro de obra e foi calhar na frente de um computador e enfim... mas não posso porque o meu patrão, querendo se 'atualizar' queria saber sobre blogs e perguntou se eu tinha um, e bem, eu não pude negar. eu não minto mais desde aquele incidente em Copacabana envolvendo um gringo, uma falso aleijado e um câmbio-financeiro ambulante.

pois bem, a minha tese sobre uma busca etimológica de patrão como "aquele que detém a razão ad eternum' não poderá mais ser desenvolvida.

e todas as coisas engraçadas que acontecem lá na 'firma' serão negligenciadas.
a não ser que eu faça um outro blog só pra isso! mas ter mais de um blog é demais. daqui há pouco vou estar fantasiado fazendo plantão em fila de estréia do Star Wars III ou quem sabe numa feira de nano-tecnologia-galática (seja lá o que signifique 'nano').

mas eu penso que até pode ter sucesso um blog, onde as pessoas usem pseudônimos (ninguém merece perder o emprego por causa de blog) pra falarem mal de seus chefes e compartilhar frustrações e etc, mas sem o tom de auto-ajuda, lógico. eu escreveria várias engraçadíssimas.
então combinado, se alguém fizer eu já tenho uma coisa pra escrever.
não precisa ser umas coisas enormes, só umas coisas bestas do cotidiano, só um parágrafo, tipo:
"De como meu chefe consegue se contradizer em em apenas dois minutos" ou,
"Porque o meu chefe insiste em usar termos em inglês, com uma pronúncia ridícula em momentos inapropriados?" ou,
"Porque os corinthianos reclamam do Kia?" ou ainda,
"Como ele conseguiu ser dono disso tudo se ele ainda não aprendeu a mexer no mouse".
ou esse "Será que pelo fato dele ser meu pai eu também posso falar desse jeito com os outros?"


sei lá, usem a criatividade e desenvolvam, e me avisem.

a gravidade da situação é tanta, que faz umas duas semanas que não vou ao samba.
tá certo que eu até iria na outra semana, mas encontrei um velho amigo, apliquei aquela desculpa que eu comentei aqui já, e explodi a largada e fui dormi.

ah, falando em patrão, lembrei do meu professor (e se Deus quiser, meu futuro orientador da minha i.c.) enquanto meu chefe, bem, age como meu chefe, meu professor-orientador foi tomar uma cervejinha de sexta à noite comigo e no final das contas fui deixar ele em casa lá pelas quatro ou cinco da manhã (não lembro), depois do terceiro bar. acho que estou revendo meu conceito de intelectual. e quem sabe faço essa i.c., emendo uma pós-qualquer coisa, um doutorado mais migué da história, e enfim largo o serviço braçal e me retenho a ficar na beira de uma piscina, bebendo uísque e analisando "porque o Brasil não anda efetivamente pra frente" ou qualquer bobagem assim. estilo Arnaldo Jabor.

imagina minhas pseudo-crônicas no meio do Jornal Nacional? eu, com a maior cara lavada, inventando várias histórias, buscando uns absurdos do dia-a-dia pra justificar e fazendo metade da população fielmente acreditar em mim. a outra metade vai ficar ressabiada até eu dar uma entrevista nas páginas amarelas da Veja, e me tornar um "não-candidato" que não faria propaganda e ... desencana...
meu complexo de inferioridade de estagiário me faz viajar de vez em quando.
eu tenho que parar com essa mania de escrever umas coisas pessoais... era para eu escrever minhas teses sem apreço científico-acadêmico, de "vida" mesmo... uahuahuah
parei então.
tchau-tchau-tchau-tchau
vou demorar muito pra voltar a escrever, a não ser que aconteça algo engraçadíssimo no feriadão. tipo uns anões de farda desfilando no sete de setembro...

PS: lembrei o que eu ia dizer no Jornal Nacional. explicaria como "emendar" o feriado foi a base constitutiva da miscigenação brasileira, tão rica e frutífera. com mais tempo de folga pudemos aproveitar bem mais em festas e confraternizações do que trabalhando. e vocês sabem como festas são estimulantes. no final das contas sugeriria que o MinC tombasse a emenda de feriado como patrimônio cultural, sendo passível de cadeia o patrão que inventasse de pôr funcionário pra trabalhar no feriadão. Emendar o feriado é cultura, e cultura é bom. basicamente isso. vote em mim.

Um comentário:

Anônimo disse...


rafa, o presidente das emendas (in)constitucionais!
apoio a causa!
bjo
grasi